quinta-feira, 11 de setembro de 2014

2 Minutes to Midnight - Smith/ Dickinson - Iron Maiden

Em 1984, a banda britânica Iron Maiden, cuja tradução é Donzela de Ferro, lança o álbum Powerslave com a segunda faixa intitulada 2 Minutes to Midnight. Composta pelo guitarrista Adrian Smith, responsável pelo feeling de guitarra e pelo vocalista, Bruce Dickinson, a música retrata a Segunda Guerra Mundial, falando sobre o romance, pelo fato dos soldados não saberem se voltariam vivos para casa, deixando suas famílias por um nobre motivo: Lutar! Discorre um pouco também sobre o horror da guerra que nos leva ao sentimento de repulsa. Esta música segue mais a corrente do rock e não do metal. 

Segue a letra no texto original, além da tradução (não feita por mim).


2 Minutes to Midnight

Kill for gain or shoot to maim
(Mate para lucrar, atire para mutilar)
But we don´t need a reason
(Não precisamos de motivo)
The Golden Goose is on the loose
(A galinha dos ovos de ouro está à solta)
And never out of season.
(Nunca fora de época)
Blackened pride still burns inside
(O orgulho enegrecido queima dentro)
This shell of bloody treason
(Dessa concha de traição maldita)
Here´s my gun for a barrel of fun
(Tome minha arma em troca de um cilindro de diversão)
For the love of living death.
(Pelo amor da morte ativa)

The Killer´s breed or the Demon´s seed,
(A cria do assassino ou a semente do Demônio)
The glamour, the fortune, the pain,
(O glamour, a fortuna, a dor)
Go to war again, blood is freedom stain,
(Vá para a guerra de novo, o sangue é a mancha da liberdade)
Don´t you pray for my soul anymore.
(Não ore mais pela minha alma)

2 minutes to midnight,
(2 minutos para a meia-noite)
The hands that threaten doom.
(Os ponteiros que ameaçam a perdição)
2 minutes to midnight,
(2 minutos para a meia-noite)
To kill the unborn in the womb.
(Para matar o feto no ventre)

The blind men shout let the creatures out
(Os cegos gritam "Soltem as criaturas")
We´ll show the unbelievers,
(Vamos mostrar aos céticos)
The Napalm screams of human flames
(Os gritos de Napalm de tochas humanas)
Of a prime time Belsen feast... YEAH!
(De um banquete em Belsen no horário nobre)
As the resons for the carnage cut their meat
(Enquanto os responsáveis pela carnificina, cortam as carnes)
And lick the gravy,
(E lambem o molho)
We oil the jaws of the war machine
(Nós untamos as mandíbulas das máquinas de guerra)
And feed it with our babies.
(E as alimentamos com nossos bebês)

The body bags and little rags of children torn in two,
(Sacos de cadáver e pequenos trapos de crianças partidas ao meio)
And the jellied brains of those who remain 
(E o cérebro pastoso dos que sobraram)
To put the finger right on you
(Apontam direto para você)
As the madmen play on words and makes us all
(Enquanto os loucos brincam com palavras e nos fazem)
Dance to their song,
(Dançar no ritmo deles) 
To the tune of starving millions
(Ao custo de milhões famintos)
To make a better kind of gun.
(Para fazer uma arma melhor)
Midnight... all night...
(Meia-noite... a noite inteira)

(Smith/ Dickinson)


Segue o link da música:

https://www.youtube.com/watch?v=AVWU_FkTBcI


domingo, 31 de agosto de 2014

Emily Dickinson - I´m Nobody! Who are you?

O poema de Emily Dickinson: "I´m Nobody! Who are you?", inspirou Zeca Baleiro a criar a melodia do poema! Direto da Literatura para a Música, segue a letra de música inspirada no poema!


I´m Nobody! Who are you?


I´m Nobody! Who are you?
Are you - Nobody - Too?
Then, there´s a pair of us?
Don´t tell! they´d advertise - you know!

How dreary - to be - Somebody!
How public - Like a Frog -
To tell one´s name - the Livelong June -
To an admiring Bog!

(Poem: Emily Dickinson; Lyrics: Zeca Baleiro)


Os poemas de Emily Dickinson são concisos, tematizando o Imagismo. Estruturalmente, este poema é rico em pontuação. Os termos são típicos do Simbolismo. 

domingo, 13 de julho de 2014

Lord Byron - The Giaour - Fragment

O poeta romântico, Lord George Gordon Byron (1788-1824), mesma época de Arthur Schopenhauer, foi mundialmente conhecido por sua genialidade e rebeldia quanto às normas sociais do século XIX. Byron aborda a temática vampírica em um conto inacabado, datado de 1816. Surge então, o vampiro na ficção inglesa. 

Na mesma noite, Byron disputava com Mary Shelley, autora de Frankenstein, quem escreveria o melhor conto de horror. Byron encarna sua paixão pelo sobrenatural, fincando o macabro cetro na Literatura Inglesa, através deste trecho de um romance vampírico!

Além do conto, o poeta londrino evidencia a figura vampírica no poema The Giaour: A Fragment of a Turkish Tale. Segue um trecho:

The Giaour (Fragment)

' Such is my name, and such my tale.
Confessor ! to thy secret ear
I breathe the sorrows I bewail,
And thank thee for the generous tear
This glazing eye could never shed.
Then lay me with the humblest dead,
And, save the cross above my head,
Be neither name nor emblem spread,
By prying stranger to be read,
Or stay the passing pilgrims tread.'

(Lord Byron)




quarta-feira, 28 de maio de 2014

Flight of Icarus

Flight of Icarus - Behind the Lyrics

Voo de Ícaro, na mitologia grega, é a história do filho de Dédalo, Ícaro que, ao tentar deixar Creta, sucumbe ao ser queimado pelo Sol.

Ícaro era filho de Dédalo e de uma escrava Perséfone. Dédalo, exilado por ter matado seu sobrinho Talo, refugiou-se em Tebas, junto ao rei Minos. Nasce um minotauro, fruto do amor entre Pasífae (mulher de Minos) e um touro divino, construiu um labirinto, no qual encerrou o monstro. Tempos depois, o minotauro foi morto por Teseu. Após a morte do minotauro, Dédalo foi aprisionado no labirinto, juntamente com Ícaro, seu filho. Construiu então, asas artificiais a partir da cera do mel de abelhas e penas de gaivota. Conseguiram escapar do labirinto. Dédalo alertou seu filho, Ícaro, a não voar muito perto do Sol, pois este, poderia derreter a cera das asas e nem muito perto do mar, pois poderia deixar as asas mais densas. Entretanto, Ícaro não ouviu as palavras do pai, tomado pelo desejo de voar e "tocar o Sol", acabou despencando e caindo no mar Egeu. Seu pai, aos prantos, voava para a costa. Ao chegar à Sicília, foi acolhido na casa do rei Cócalo.

Music

A banda britânica Iron Maiden faz a versão em música, em 1983 Flight of Icarus, do álbum Piece of Mind. Segue a letra original da canção com tradução feita por mim!

Flight of Icarus

(Voo de Ícaro)

As the sun breaks, above the ground

(Enquanto surge o Sol, sobre o chão)

An old man stands on the hill

(Um velho está na montanha)

As the ground warms, to the first rays of light

(À medida que o chão se aquece aos primeiros raios de luz)

A birdsong shatters the still

(O canto de um pássaro finda o silêncio)

His eyes are ablaze

(Seus olhos estão ávidos)

See the madman in his gaze

(Veja o olhar do louco)

Fly, on your way, like an eagle

(Voe, ao seu destino, como uma águia)

Fly as high as the Sun

(Voe tão alto quanto o Sol)

On your way, like an eagle

(Ao seu destino, como uma águia)

Fly and touch the Sun

(Voe e toque o Sol)

Now the crowd breaks

(Agora a multidão surge)

And a young boy appears

(E um jovem aparece)

Looks the old man in the eye

(Encara o velho nos olhos)

As he spreads his wings and shouts at the crowd

(Enquanto abre suas asas, grita pra multidão)

In the name of God my father I fly

(Em nome de Deus, meu pai, eu voo)

His eyes seem so glazed

(Seus olhos parecem tão obstinados)

As he flies on the wings of a dream

(Enquanto ele voa nas asas de um sonho)

Now he knows his father betrayed

(Agora ele sabe que seu pai o traiu)

Now his wings turn to ashes to ashes his grave

(Agora suas asas viram cinzas, cinzas em seu sepulcro)

(Lyrics: A. Smith, B. Dickinson; Tradução: Jorge Luiz de Oliveira).


Segue o link: www.youtube.com/watch?v=ID0qsqr3j00




quinta-feira, 1 de maio de 2014

Danse Macabre by Camille Saint-Saëns/ Music and Poem

Saint-Saëns - Biografia

Charles-Camille Saint-Saëns pertence ao período do Romantismo.

Danse Macabre

A música foi inspirada no poema que segue:



Zig, Zig, Zig, Death in cadence,
Striking a tomb with his heel,
Death at midnight plays a dance-tune,
Zig, Zig, Zag, on his violin.
The winter wind blows, and the night is dark;
Moans are heard in the linden trees.
White skeletons pass through the gloom,
Running and leaping in their shrouds.
Zig, Zig, Zig, each one is frisking,
You can hear the cracking of the bones of the dancers.
A lustful couple sits on the moss
So as to taste long lost delights.
Zig, Zig, Zig, Death continues
The unending scraping on his instrument.
A veil has fallen! The dancer is naked.
Her partner grasps her amorously.
The lady, it´s said, is a marchioness or baroness
And her green gallant, a poor cartwright.
Horror! Look how she gives herself to him.
Like the rustic was a baron.
Zig, Zig, Zig. What a saraband!
They all hold hands and dance in circles.
Zig, zig, zag. You can see in the crowd
The kind dancing among the peasants.
But hist! All of a sudden, they leave the dance,
They push forward, they fly: the cock has crowed.
Oh, what a beautiful night for the poor world!
Long live death and equality!

quarta-feira, 2 de abril de 2014

She Walks in Beauty by George Gordon Lord Byron

O poema que segue é: She Walks in Beauty, do poeta londrino romântico Lord Byron (1788-1824), que, apesar de sua breve vida, deixou o legado de sua mente brilhante, disseminando o Romantismo. Tal poema pode ser traduzido como: Ei-la Envolta em Beleza, segundo Franco Meireles. Este poema está imerso nas obras Melodias Hebraicas, datado de 1815. Foi provavelmente inspirado pelo poeta ao ver Lady Wilmot Horton, durante um baile, que estava vestida com cores sombrias, de luto, mas com lantejoulas. Portanto, há o contraste entre Luz e Treva, ao longo do poema. 

Segue o poema original, além da tradução de Franco Meireles.

She Walks in Beauty (by Lord Byron)

She walks in beauty, like the night
Of cloudless climes and starry skies;
And all that´s best of dark and bright
Meet in her aspect and her eyes:
Thus mellowed to that tender light
Which heaven to gaudy day denies.

One shade the more, one ray the less
Had half impaired the nameless grace
Which waves in every raven tress,
Or softly lightens o´er her face
Where thoughts serenely sweet express,
How pure, how dear their dwelling-place.

And on that cheek, and o´er that brow,
So soft, so calm, yet eloquent,
The smiles that win, the tints that glow,
But tell of  days in goodness spent,
A mind at peace with all below,
A heart whose love is innocent!


sábado, 15 de março de 2014

The Chemical Wedding

Inspirado na obra literária de William Blake, em 1998 foi lançado o álbum semi-conceitual: The Chemical Wedding, de Bruce Dickinson! Direto da Literatura Inglesa para a música, segue a canção original, um link, além da tradução feita por mim.


Chemical Wedding
(Matrimônio Químico)

How happy is the human soul
(Quão feliz é a alma humana)
Not enslaved by dull control
(Não escravizada pelo poder sombrio)
Left to dream and roam and play
(Deixou de sonhar, de vaguear, de brincar)
Shed the guild of former days
(Arrebatou o grêmio de tempos passados)

Walking on the foggy shore
(Andando sobre a costa nevoenta)
Watch the waves come rolling home
(Observo as ondas retornarem para casa)
Through the veil of pale moonlight
(Através do véu da pálida luz do luar)
My shadow stretches out its hand
(Minha sombra estica-se pela mão)

And so we lay, we lay in the same grave
(Então nos deitamos, no mesmo sepulcro)

Our Chemical Wedding day
(No dia do nosso Matrimônio Químico)

Floating in the endless blue
(Flutuando no azul infinito)
My seed of doubt I leave to you
(Minha semente de dúvida eu deixo para você)
Let it wither on the ground
(Secá-la na terra)
Treat it like a plague you found
(Tratá-la como a praga que você achou)
All my dreams that were outside
(Em todos os meus sonhos que estavam do outro lado)
In living colour, now alive
(Em cores vivas, agora reais)

And all the lighthouses
(E todos os faróis)
Their beams converge to guide me home
(Seus feixes de luz convergem para me guiar até minha casa)

(Lyrics: Bruce Dickinson; Tradução: Jorge Luiz de Oliveira)